Conhecemos o parente, quando choramos.
Conhecemos um profissional, quando há um desafio.
Conhecemos um professor, quando a classe é problemática.
Conhecemos um médico, na hora da operação delicada.
Conhecemos o craque, na hora de virar o jogo.
Conhecemos o poeta, na hora dele tirar leite de pedras.
Conhecemos o inimigo, quando ele é leal na peleja.
Conhecemos o vencedor, quando ele não tripudia sobre o derrotado.
Conhecemos o anjo íntimo, quando a cruz que carregamos perde peso e tem uma leveza de nuvem numinosa.
Conhecemos o chefe, não quando precisamos dele, mas quando ele elogia em público e critica reservadamente.
Conhecemos a estrada quando ele oferece sol para o nosso olhar de descoberta de novos horizontes.
Conhecemos o sábio quando ele é humilde, e o herói quando ele se revela eterno aprendiz de significados e lutas.
Conhecemos o livro quando ele se revela em nós, com a nossa alma e mente feito uma página aberta.
Conhecemos o céu quando sentimos a morte rondar, apesar de tanta gente querer ver Deus sem querer morrer...
Conhecemos a arte quando ela nos toca o sensorial.
Conhecemos a dor quando ela nos lapida na peregrinação.
Conhecemos o bem da perda quando somos sacudidos para reagirmos em nossa comodidade e decadência.
Conhecemos a fé quando estamos perdidos.
Conhecemos a paz quando estamos no front e medimos vitórias e perdas.
Conhecemos a oração quando ela nos salva de nós mesmos.
Conhecemos o inferno quando queremos ser o que não somos.
Conhecemos o infinito quando somos misericordiosos com os fracos e oprimidos. Conhecemos o santo quando o reconhecemos em amor e caridade.
Conhecemos o espírito quando nos descobrimos finitos no espectro da carne.
Por fim, conhecemos a luz quando estamos na luz.
Silas Correa Leite – Educador, Jornalista, Poeta
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